Freguesia de Silvares
Sobre esta freguesia é conhecida a lenda da "Nossa Senhora" que a imagem desta Santa apareceu num monte, localizado entre as freguesias de Silvares, do concelho de Lousada, e de Santa Maria de Idães, do concelho vizinho de Felgueiras, ao qual se começou a chamar de “Monte da Senhora”. Uma vez que os moradores desta última freguesia, que iam à lenha ao Alto da Senhora, foram eles que a encontraram, levaram-na para a igreja da sua freguesia. Porém, os seus vizinhos de Silvares quiseram-na, estabelecendo-se rivalidade entre ambas as freguesias. Houve luta, ficando vencedores os de Lousada, que, então, a levaram para a sua igreja. Mas a Santa, logo que lá chegou, desapareceu e foi para o Alto da Senhora, sendo novamente descoberta pelos lenhadores de Idães, que a conduziram para a sua igreja. Os de Lousada, sabendo que os de Idães já a tinham; tiraram-lha, repetindo-se a cena três vezes.
Os Silvarenses, constatando que a Santa não queria estar na sua igreja, prometeram-Lhe que A levariam todos os anos em procissão a Idães. Desta forma, a Santa fixou residência em Lousada, numa capelinha que lhe construíram e que ainda hoje existe com o seu nome, sendo a promessa cumprida por longos anos; embora atualmente isso já não aconteça.
A Freguesia de Pias a nível de património cultural edificado é de destacar a Igreja Matriz e a capela de Nossa Senhora do Avelar.
Com acesso pela EN 320, surge a Igreja Matriz de Pias, edificada em 1739, monumento de estilo barroco. O altar-mor, de estilo joanino foi executado em 1 743 por Manuel da Costa de Andrade. Os azulejos figurativos que guarnecem as paredes da igreja enquadram-se na mesma época. Merece destaque especial o campanário ou torre sineira, que data do século XVIII e que está separado do corpo principal da igreja. Foi colocada numa das faces da torre sineira uma tabela de incêndios que é hoje uma referência da freguesia. Esta tabela de incêndios tinha por finalidade servir de sistema de alarme de incêndios para todas as freguesias do concelho. Assim, o sino tocava a rebate, tantas vezes quanto o número indicado na tabela, dando deste modo a conhecer às pessoas que quisessem ajudar a localização da freguesia na qual o incêndio estava a ocorrer. Associada à capela de Nossa Senhora do Avelar está a lenda que conta que numa das aveleiras próximas da capela apareceu em tempos Nossa Senhora. Devido a esse acontecimento, o povo construiu uma capela à qual deu o nome de Nossa Senhora do Avelar. O Catálogo dos Bispos do Porto, em 1623, já dá conta desta capela, que sofreu uma grande reforma no ano de 1718. Verdadeiros ex-libris da freguesia, pela sua história, arquitectura e dimensão são os lendários moinhos de Pias; três são os que ainda existem, mas apenas o Moinho do Meio está a funcionar, e pertence a uma das mais populares pessoas da freguesia: Dona Maria do Céu Queirós, a "moleira de Pias". Além destes monumentos, existe ainda na freguesia um cruzeiro, datado de 1 769, que se encontra próximo da Igreja Matriz. Deve ainda referir-se as alminhas da igreja de 1954, as alminhas dos E idos Novos, um cruzeiro no lugar da Oitava, muito antigo, e a pia no lugar das Moutadas.
Ainda a cerca desta Freguesia é conhecida "A Lenda Do Zé do Telhado " Que em meados do século XIX, Zé do Telhado pretendeu apoderar-se de riqueza em Pias. O alvo seria a Casa de Per eiró [7] . Constantino E l i s i á ri o Peixoto, seu proprietário, recebeu um ultimato daquele salteador residente em Caíde de Rei. Na carta enviada ao distinto morador de Pias, Zé do Telhado ameaçava que se ele não colocasse no penedo de Santa Ana um saco de libras, ele e o seu bando assaltariam a Casa de Per eiró. O proprietário não cedeu à chantagem que lhe foi feita e cumprindo a ameaça, Zé do Telhado e o seu bando aproximaram-se da casa. Conta-se que quando Zé do Telhado avistou o proprietário da casa lhe perguntou: "dá-me autorização para assaltar a sua casa?" . Ao que o proprietário de Per eiró terá respondido cinicamente: "Sim!". Com a ajuda da criada, que ia carregando as armas com explosivos, Constantino Peixoto correu de janela em janela disparando em todas as direções. Perante tal oposição o bando retirou-se. Zé do Telhado, admirado com a destreza e coragem do dono da casa, envia-lhe, na qualidade de rei dos salteadores, uma carta que Constantino deveria mostrar no caso de ser assaltado. Servia esta carta para segurar os seus bens perante os amigos do alheio.
Nogueira é uma antiga freguesia portuguesa do concelho de Lousada, com 1,93 km² de área e 1 253 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 649,2 hab/km².
Foi extinta (agregada) pela reorganização administrativa de 2012/2013,[1] sendo o seu território integrado na União de Freguesias de Silvares, Pias, Nogueira e Alvarenga.
A freguesia de Santa Cristina de Nogueira, comarca de Felgueiras pelo Decreto nº 13.917, de 9 de Julho de 1927, era vigararia da apresentação do Convento de Santa Clara de Vila do Conde, no antigo concelho de Unhão, passando depois a reitoria. Em 1839 aparece na comarca de Amarante e no concelho de Unhão; em 1852, na comarca e concelho de Lousada. Da diocese de Braga passou para a do Porto em 1882. Comarca eclesiástica de Amarante - 2º distrito (1907). Primeira vigararia de Lousada (1916; 1970).
Alvarenga é uma antiga freguesia portuguesa do concelho de Lousada, com 1,91 km² de área e 463 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 242,4 hab/km².
Foi extinta pela reorganização administrativa de 2012/2013,[1] sendo o seu território integrado na União de Freguesias de Silvares, Pias, Nogueira e Alvarenga.
A freguesia de Santa Maria de Alvarenga, comarca de Felgueiras por Decreto nº 13.917, de 9 de Julho de 1927, foi anexada à freguesia de Silvares para efeitos administrativos (Edital do Governo Civil, de 26 de Março de 1896). Era reitoria da apresentação da Mitra da Sé do Porto, segundo afirma Carvalho da Costa, que está em desacordo com a "Estatística Parochial" de 1862, que diz ser da apresentação do Marquês de Angeja. Foi comenda da Ordem de Cristo no antigo concelho de Lousada. Da diocese de Braga passou para a do Porto em 1882. Comarca eclesiástica de Amarante - 2º distrito (1907). Primeira vigararia de Lousada (1916; 1970).
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